A Invencível Armada e a Invasão da Inglaterra – parte III

No dia 31 de julho, ocorreriam os primeiros tiros entre espanhóis e ingleses. Um galeão português, chamado de São João, atrasara-se em relação ao restante da frota e foi atacado por alguns navios ingleses. O São João acabaria sendo socorrido por outro galeão português, o São Mateus, mas não antes que algumas centenas de tiros fossem disparados. No mesmo dia, o navio castelhano San Salvador sofreria uma explosão a bordo que mataria boa parte de sua tripulação e o tornaria vulnerável à captura por parte dos ingleses.

Dois dias depois, ventos inesperados empurrariam a frota espanhola diretamente para cima dos navios ingleses, o que causou uma série de violentos confrontos. Em determinado momento, o galeão português São Martinho se viu sozinho para lutar com vários galeões ingleses. A superioridade da marinha portuguesa nesta batalha é bem evidenciada pelo fato que, sem ajuda, o São Martinho conseguiu evitar que qualquer navio inglês se aproximasse, embora os tiros do adversário tivessem aberto furos no casco.

Representação da batalha do galeão português São Martinho com os navios ingleses
Representação da batalha do galeão português São Martinho contra os navios ingleses

No dia 5 de agosto, a frota espanhola finalmente conseguiu ancorar em Calais enquanto os ingleses, a oeste, reabasteciam-se de pólvora. Lá, o duque de Medina Sidónia foi informado que o duque de Parma só estaria pronto para se juntar a eles duas semanas depois, uma vez que apenas fora informado da aproximação da Armada poucos dias antes. No final do mesmo dia, os ingleses lançaram um ataque com navios incendiários, semeando o terror e a desorganização entre a frota espanhola, que se dispersou. Era o início do fim.

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